quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

The Fifties American Diner (17/12/2009)

Na última semana antes das férias de Natal (pelo menos das minhas) fomos experimentar o recém aberto (e convenientemente localizado a 50m do local onde eu, o Lorga, o Stone e o Baltazar trabalhamos) "The Fifties American Diner" (50's para os amigos). Diz que é um "típico restaurante americano dos anos 50". Pois que sim, que tinha mobília em forma de peças de Cadillac, pois que sim, que tinha Juke Boxes (que não funcionavam), pois que sim, que tinha manequins da Marilin e fotos do Elvis, pois que sim, que tinha quadros ao estilo da época (apesar de não terem muito a ver  com os anos 50 a não ser por terem o James Dean entre um monte de outras celebridades de outras épocas), pois que sim, que servia junk food e batidos enormes... Parecia Americano? Parecia, sim senhor. Pelo menos é parecido com o que se vê na TV (esse meio enviesado).



A adesão foi surpreendente! À volta da mesa estavam sentados: o João (GRANDE), eu (que sou quase tão grande, pelo menos em volume), o Stone, o Xará,o Noéme, o Lorga, o Baltazar e o Mário. O Duarte também era para ter ido mas não pôde aparecer (tendo dado, se bem me lembro, uma desculpa plausível).

 

Os temas de conversa tiveram uma divisão geográfica marcada: à minha esquerda falava-se de carreira (académica e industrial), de currículo e de publicação de artigos; à minha direita, falava-se de outras coisas que já não me lembro. Vou arriscar dizer os progressos do protótipo do Noéme, a recuperação do maxilar do Stone, os produtos que o Xará vende, a futura viagem do Lorga a Miami... Mas não garanto.

Comeu-se. Não posso dizer que tenha ficado com fome, mas lembro-me de ter pensado que devia ter pedido o que o Baltazar pediu (acho eu). Acho que comemos todos hambúrgueres, mas aparentemente podiam-se comer outras coisas... e por trás! (conforme ilustrado na foto seguinte)

 

O Lorga e o Stone foram avaliar a alternativa. =D

 

O almoço terminou com o Lorga e o Xará a transaccionarem tupperwares na parte de trás de um Cadillac e a serem abandonados pelo resto da pandilha depois de mais de 5 minutos à espera deles fora do restaurante...


sábado, 5 de dezembro de 2009

Uma bela tasca de taxistas (25-11-2009)



a) tenho ideia que esta terá sido a primeira aeroalmoçarada a que fui na qual o Stone não estava presente. Até hoje, já todos tem faltado, mas o Stone penso que nunca. Acabei por me esquecer de perguntar aos colegas da Deimos mais detalhes acerca da sua condição, porque a única coisa que sei é através de comentários jocosos na mailing list acerca das suas refeições ingeridas por palhinhas.

b) em contrapartida, como me foi dito (e um facto o qual nunca me tinha apercebido), sempre que eu estou presente a conversa gira à volta da economia nacional e mundial. Peço desculpa se tal temática perturba, mas devo acrescentar que desta vez até foi o Lorga que introduziu o tema quando me disse que tinha ficado espantado com a ordem de grandeza dos salários comuns nos Estados Unidos.

c) por outro lado, justifico a minha insistência apenas por achar que as pessoas precisam de ser alertadas acerca da direcção que o mundo toma. De qualquer das formas, não me considerem uma pessoa que vai atrás das modas e que por toda a gente andar agora falar nisso eu faço o mesmo. Como até referi nesta aeroalmoçarada, mal regressei dos Estados Unidos no verão de 2008, numa conjuntura favorável e muito antes da falência do Lehman Brothers, já eu falava nestes assuntos. Mesmo assim, acho que a questão é bem mais profunda e não se cinge apenas ao ponto de vista económico, acho que existem implicações em quase todos os campos da sociedade.

d) por essa ocasião, disseram-me que devia ter escrito essas coisas. As minhas previsões (as pessimistas) para o futuro próximo:
(i) com o desemprego e a queda do consumo, a capacidade produtiva reduziu-se drasticamente;
(ii) as ajudas financeiras dos estados mantém ou aumentam algum consumo aparente dos bens ainda em inventário, e criou-se uma bolha especulativa nas bolsas e nos mercados financeiros, cujos índices hoje já voltaram para valores pré-crise;
(iii) quando as ajudas financeiras dos bancos centrais diminuirem (para 2010) e quando os bens começarem a escassear (devido à redução da produção), iremos sofrer um período de grande inflação;
(iv) a resposta vai ser através o aumento das taxas de juro, talvez para valores nunca antes vistos, e que irá estagnar o crescimento económico (os ricos já não precisam, para que estarem a chatear-se), destruir o resto da classe média (que trabalham e tem empréstimos para pagar), e por último, coitados dos pobrezinhos e dos desempregados que nem sequer vão ter que comer.

e) a aeroalmoçarada foi boa: 3 pratos de espetadas e um de vitela. A espetada do Lorga chegou só depois de nós termos acabado como se pode comprovar aqui pela foto. Pela minha cara, parece que temia alguma coisa, se calhar que o Lorga me roubasse a espetada. O artista comeu a vitela estufada. Eu gostei da comida e do preço, foi bom e barato. Depois o Duarte deu-me a habitual boleia enquanto os outros me pressionavam para ir a pé com eles.