Esta Aeroalmoçarada foi brindada com um quórum acima da
média e de qualidade indisputada. Ao sempre ambicioso repto do DD compareceram
sem hesitar o Stone, Baltazar, Noéme e Pai Natal. O local escolhido para o
repasto foi o restaurante Onda de Sabores, no bairro
recordista de Aerolmoçaradas : O Parque das Nações. De fato, não só a
Aeroalmoçarada se realizou numa parte recorrente da cidade, como igualmente
teve lugar num restaurante já frequentado pelos Aeros. Mas pergunta-se uma alma
incauta : "E o cânone da Constituição das Aeroalmoçaradas, que impede que
o local de repasto seja repetido". Ao qual responde o sempre sábio DD que
a anterior Aeroalmoçarada se efetuou no Ágora, anterior residente do espaço
agora visitado, mesmo ao lado do Vasco da Gama. E embora já somente um leve resquício
dessa Aeroalmoçarada com certamente mais de 5 anos ainda perdure na mente dos
Aeros, recorda-se com clareza a presença do João Pequeno nesse distinto evento,
aproveitando-se esta crónica para se mandar um forte abraço para o outro lado
do Atlântico.
Mas urge regressar ao presente para pairar novamente sobre
o indubitável sucesso de que se revestiu a Aeroalmoçarada no Onda de Sabores. O
restaurante, embora grande, com pelo menos duas salas, encontrava-se ruidosamente
cheio, não tendo o DD aferido se teria havido dificuldade em arranjar lugar
pelo fato de ter chegado ignobilmente atrasado. Certamente de forma pontual,
como já nos habituaram, o Stone e o Pai Natal aguardavam serenamente pela
chegada dos restantes Aeroconvivas, não se coibindo de enviar Instruções Eletrónicas
Direcionais Emitentes de Coordenadas Universais (IEDECUs ou, mais vulgarmente...SMS)
de forma a permitir aos Aeroretrasados a fácil deteção das coordenadas da mesa
escolhida. Após a chegada de todos, a Aeroalmoçarada teve imediatamente inicio
com os Aeros a levantarem-se simultaneamente e a sair da sala! Este comportamento,
que há primeira vista poderia parecer digno dos Monthy Python , nada de
estranho teve pelo simples fato de o Onda de Sabores funcionar em regime
buffet, estando as apetitosas iguarias situadas na sala de entrada. E que bela
quantidade e variedade de iguarias! A um preço que faria certamente rejubilar
de alegria o Duarte - ausência sentida - uma panóplia infindável de diversidade
gastronómica apresentou-se diante dos Aeros, sendo o único obstáculo entre esse
Paraiso do Paladar e as Aeropapilas Gustativas uma igualmente infindável fila
de frequentadores do mesmo restaurante que aguardavam a possibilidade de se
servirem! Mas os Aeros não se deixaram deter e, equipados da boa disposição
habitual - não diminuída por placares ameaçadores que indicavam que comida
deixada no prato poderia ser pesada e os seus custos faturados - aguardaram
pacientemente para se refastelar e trazer pratos bem preenchidos para a mesa.
A conversa fluiu com muita naturalidade, sendo também
naturalmente abordada a atual situação politica do País assim como a atual
situação do prato do DD que - ao deixar alguma comida no final - foi veemente
repreendido por esse seguidor implacável de regras que é o Pai Natal. O Stone
brindou toda a assembleia com um relato de como as obras na sua nova casa já
estavam efetivamente atrasadas (Nota: um relato in loco acerca da prossecução
das obras fará parte factual das futuras crónicas, dado que as mesmas deveriam
estar concluídas até Novembro, embora 3 em cada 3 Aeros consultados para um palpite
revelem que nem no Natal contam com a conclusão, fazendo com que as obras de
St.Ingrácia tenham agora encontrado um rival à altura nas obras de St.One!).
As diversidade de sobremesas igualava olimpicamente a dos
pratos principais, tendo todos os Aeros se servido de forma alarve, não
deixando pedaço de Manga ou bolo de bolacha para mais tarde contar a história.
E foi assim, a história de mais uma Aeroalmoçarada.
