Os convivas foram o DD, Pai Natal e eu, com um apuntamento (e ajuntamento) de última hora do Duarte, muito apreciado por elevar esta aeroalmoçarada bem acima da classe de "quorum mínimo".
O local foi o restaurante do Hotel Tryp Oriente, nesta altura dedicado em exclusivo a servir 10 alheiras, por 10 Euros, durante 10 dias. Um local simpático e perfeitamente alinhado com o que seria de esperar de um restaurante de hotel. De notar que os empregados convidavam à conversa, não com a sua simpatia, mas sim com umas etiquetas que, para além do nome do mesmo, indicavam também as temáticas de conversa aos quais estavam receptivos.
As opções gastronómicas estavam naturalmente limitadas a pratos confecionados com alheira, mas nem por isso a ementa era aborrecida, cobrindo um largo espectro de pratos nos quais a alheira se encaixava com maior ou menor naturalidade. Apesar da grande maioria dos comensais ansiarem por comer uma bela alheira frita, com batata frita e ovo estrelado (e, portanto, também frito - Castrol POWAAAA!!), a pressão do DD levou a que todos tivessem de escolher os pratos mais elaborados, sob pena de seram banidos para o goulag nº 101, local onde todas as alheiras são confeccionadas com lascas de osso e cartilagem com pêlos. As escolhas foram então:
- Hamburger de alheira
- Bacalhau com broa e alheira
- Migas com alheira
- Não me lembro (mas tinha alheira)
A comida estava bastante agradável. Nota negativa apenas para as sobremesas que eram em número limitado e não muito apetecíveis após uma refeição de alheira. Apenas o DD se lambuzou com uns papos de anjo, demonstrando uma vez mais a sua temeridade.
A conversa cobriu os mais variados tópicos, desde as anedotas eruditas, mercado imobiliário em Miraflores e esquemas de retribuição salarial em função de objectivos, até às reuniões empresariais, lembranças de aeroalmoçaradas passadas e anedotas ordinárias.
E fechou-se assim, com chave d'ouro, mais uma aeroalmoçarada predestinada ao sucesso.